Casar é dividir – Casamento
O casamento em nossa civilização é a relação mais íntima e estável entre um homem e uma mulher. A formalidade surgiu no início do Império Romano, prática para atender às necessidades de proteção e transmissão dos bens para os descendentes. Todos querem o aconchego, ter alguém com quem se conte para cuidados e preocupações.
Vidas que se completam, no lazer, nas comemorações de vitória e nos momentos de tristeza; cuidar e ser cuidado, compartilhar tarefas e sentimentos, assumir juntos as responsabilidades e contribuir para que o outro se desenvolva.
Índice
Referência
O companheiro é um ponto de referência para a organização e percepção de si mesmo. Envolver-se com alguém é uma experiência de grande poder emocional. O casamento é erroneamente identificado como o ponto final da conquista: “Casaram-se e serão felizes por todo o sempre”.
Dá-se a entender que não haverá necessidade de esforço algum para que tudo corra maravilhosamente bem. Valores e objetivos do casal precisam ser, de modo geral, congruentes. Quando as diferenças são muitas e fundamentais, a relação tenderá a ser desgastante, penosa e desanimadora. O afastamento será inevitável, porquanto ressentimentos acumulados sufocam bons sentimentos.
Ilustra-se da seguinte forma a situação: o que um faz com alegria pode ser motivo de repulsa pelo outro. O comportamento normal de um é cerceado ou torna-se alvo de ataques e desejos de reforma por parte do outro. Diz a sabedoria popular que “os opostos se atraem”. Até certo ponto, a asserção é verdadeira. No entanto, cabe aqui uma ressalva: a menos que tais aspectos opostos do casal não causem temor e uma invasão emocional ao outro.
Os opostos são, de fato, uma alusão ao homem e a mulher com suas diferenças, como as peças de um quebra-cabeça. Se a oposição se sedimenta em opiniões, valores e estilo de vida, tais diferenças tendem a desarmonizar o casal, em vez de provocar atração.
Quanto maior a distância entre opostos, menores as chances de êxito e o tempo que durará uma relação. Alguns casais iniciam uma vida a dois “escorregando no arroz”. São necessários cuidados ao iniciar um casamento. Evite colocar sobre o outro a responsabilidade de tudo: culpas, obrigações, desgastes e rotina. Permitir que dois egos entrem em colisão apenas emanará energia destruidora. Uma relação saudável tem como característica preservar o espaço individual de realização, porque todos se desenvolvam com empatia.
Casar é remar juntos na mesma direção
O casamento é uma via de mão dupla, carece de atenção e respeito mútuo, senão uma colisão fatal poderá ocorrer a qualquer momento, em uma curva ou mesmo em uma reta do relacionamento. Colocar uma aliança na mão esquerda exige bom preparo emocional.
Escolher aquela pessoa com quem compartilhará sua vida. Conhecerem-se e aceitarem-se mutuamente, sem que se esperem grandes reformas estruturais. Apenas o tempo pode dar sabedoria e compreensão acerca desse fato, é um trabalho pessoal.
Doação Mútua
A essência de um casamento funda-se na doação mútua: passar da autorrealização para a realização a dois, depositando-se a energia boa a serviço deste amor.
Esse altruísmo despojado de ego favorece a união nos momentos de crise, porquanto, quando ameaçados, ambos se tornarão um só. O olhar deve estar impregnado de amor, pois quem procura apenas desvios encontrará falhas e erros.
Dedique seu precioso tempo para amar e conviver com seu cônjuge. Horas de dedicação serão somadas no fortalecimento emocional de ambos. A convivência propicia a intimidade entre o casal. A vida deve ser um equilíbrio entre razão e emoção.
Aprender a dividir o tempo com a realização profissional e a relação.
A intimidade é o prêmio especial que torna o casamento algo grandioso e único
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