A revolução feminina

Revolução feminina

A revolução feminina resultou de uma ânsia de liberdade e igualdade entre os sexos. Explodiu como um abscesso social corroendo o sistema patriarcal, dia após dia.
No século VI, a mulher viu-se objeto de curiosas e acaloradas discussões; por exemplo, se possuiria alma ou não, se deveria ser tratada ou qualificada como criatura humana.

Há aproximadamente duzentos anos, três escoceses publicaram na Enciclopédia Britânica o verbete “mulher”, definindo-a como “fêmea do homem”.
No Brasil, as mulheres votaram pela primeira vez no dia 3 de maio de 1933, para a formação da Assembleia  Nacional Constituinte.

Nos Estados Unidos, elas conseguiram o direito ao voto em 1920. Por milênios, a mulher fora subjugada e alienada da sociedade, excluída das decisões políticas. Negaram-lhe educação e a possibilidade de participar ativamente da vida social. Esteve sempre à sombra do poder. Entretanto, a mulher deu passadas precursoras, ponteando a busca por igualdade social.

Sublevou-se, queimou sutiãs. Muitas tiveram seus corpos queimados em fogueiras e fábricas. A luta foi árdua e persistente. Conseguiram uma liberdade histórica, que só aconteceu em um momento ideal, porquanto havia uma série de fatores que, em seu conjunto, tornaram possíveis as mudanças.

Desenvolvimento da mulher

A Industrialização, a pílula anticoncepcional (anos 60), marcaram a revolução feminina e mostrou-se uma revolução cultural. Havia um desperdício de inteligência, criatividade, comunicabilidade, também em virtude de a mulher representar mão-de obra barata. Esses fatores somados deflagraram a revolução feminina.
A mulher moderna conquista a cada dia maior espaço.

O machismo está em decadência, junto com o patriarcalismo. A revolução sexual fora fator determinante para o desenvolvimento da mulher como ser integrante de uma sociedade mais justa. Deve-se dizer que tal evolução não foi exclusividade sua: a sociedade melhorou como um todo, pois houve, e continua havendo, uma integração fundamental entre homens e mulheres.

As qualidades femininas, antes ignoradas, operam papel cada vez mais decisivo, contribuindo para o sucesso do mundo moderno. Elas são mais comunicativas, mais sociáveis e cooperativas, tem menor predisposição à violência e à competição.

A era pós “paz e amor”

A revolução sexual, iniciada nos anos 50, permitiu que o homem e a mulher modernos navegassem por caminhos antes proibidos. Novos conceitos a respeito de namoro, comportamento sexual e casamento, vieram a substituir os antigos.

As transformações desse período foram turbulentas. Os jovens dos anos 60 ansiavam por uma nova ordem. À percepção da época, indicava-se a necessidade de reciclagem total para a construção de uma nova configuração social, cultural, política e econômica.

Os jovens dos anos 60 lutaram com garra por reformas sociais e políticas, adotaram nova atitude em relação à vida. Enfim, queriam reformar o mundo.

Os “hippies” – que mais fortemente simbolizaram o espírito da época – pregavam a paz e o amor. O lema do movimento revelava o mais puro e sincero desejo a que um ser humano pode aspirar: paz e amor! Os jovens queriam reformas rápidas. Por que esperar? “…Vem, vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer…”

A energia que emana dos anos 60 ainda contagia e estimula reformas. Os acordes da música “Para não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, emocionam quem conhece os fatos históricos e quem viveu o momento. Época única, onde todos pulsavam num mesmo ritmo: músicos, poetas, estudantes, políticos, intelectuais, o povo.

Toda reforma implica convulsão, dor, resistência, caos, desordem, confusão. Pode provocar perdas e indignação. Esses jovens rebeldes foram os guerreiros na batalha por mudanças sociais. Mesmo sem ter sua exata dimensão, fizeram-se agentes e precursores de uma era de maior igualdade sexual que ainda estamos aprendendo a entender, mesmo depois de décadas.

Vivendo a rebordosa – revolução feminina

A pílula anticoncepcional facilitou a liberação sexual da mulher. A saia que descia até às canelas subiu quatro dedos acima dos joelhos. Algumas mais ousadas, quatro dedos abaixo do púbis… O sexo deslumbrava, porém, a liberdade sexual privilegiava quantidade em detrimento da qualidade.

Hoje se vive na rebordosa da desse caldeirão de mudanças, iniciado na revolução feminina, acontecendo relacionamentos de poucos dias ou poucas horas. Alguns comportamentos são facilmente adaptáveis a um novo estilo de vida, outros não. Um exemplo é a moda, as roupas podem variar de uma geração a outra, sem muitos revezes. Ou no tocante a alimentação: regimes, dietas, cardápios podem ser modificados com certa facilidade.

Outros hábitos encontram-se fortemente marcados pela formação e educação do indivíduo desde tenra idade. Transmitidos culturalmente, como o é o comportamento sexual, podem demandar diversas gerações para se processarem as suas transformações. Dessa lentidão nas modificações surgem os graves atritos entre os homens e mulheres de hoje.

O antigo abscesso agora é quase cicatriz, que as vezes sangra novamente. A juventude revolucionária aos poucos descobriu seu caminho, não sem percalços. Oferecer-se a todos, porque todos se oferecem. As pessoas pensavam que isso seria o “amor”.

Em vez de se libertarem, caíram em labirintos, como solitários-acompanhados. A aventura desenfreada do sexo não gerou maturidade e intimidade, apenas banalização. A repressão prolongou-se, exagerou, exacerbou-se. A reação veio na mesma intensidade. Os jovens queriam “paz e amor”, mas o “amor”, por muitos, confundiu-se com “sexo”. Fazer sexo é diferente de fazer amor. Sexo com amor é fruta saborosa.


A revolução feminina está em curso e cabe a cada um de nós rever conceitos e se adaptar a nova ordem.

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Roseli Sanches
Roseli Sancheshttps://coachinglove.com.br/
Sou Roseli Sanches Carvalho, uma entusiasta em desvendar os mistérios dos relacionamentos amorosos. Minha paixão é compartilhar conhecimento e reflexões que possam inspirar pessoas a viverem amores mais saudáveis e felizes. Dedico-me a estudar as dinâmicas do amor, buscando oferecer perspectivas que iluminem o caminho para relações mais profundas e significativas.

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